Nunca passei longos períodos em outra cidade durante um verão, nem conheço o suficiente as outras cidades por que passei para fazer qualquer análise, mas se existe uma verdade inquestionável é a revolução que acontece em Salvador durante esta estação. Não sei se é coisa nossa, se é coisa de brasileiro, se é coisa de lugar de praia, só sei que aqui tudo se transforma.
Trabalho na TV Educativa da Bahia, especificamente no programa Soterópolis, que, vou explicar a todo mundo (até para quem mora aqui, porque ninguém assiste mesmo à TV Educativa), é uma revista eletrônica de cultura, nos moldes do programa Metrópolis (este mais gente conhece, né?), que fala especificamente da cena baiana. Sim, sou suspeita, mas o programa é massa. Não é nenhuma superprodução, como inevitavelmente – e infelizmente – acontece nas TVs públicas, mas o conteúdo vale a pena, dá para saber de um monte de coisas que se escondem pela cidade, o que tem de bom, o que está em exposição, o que vai estar pelos palcos, o que não aparece em outras mídias... Enfim, aquela coisa. Passa toda quarta à noite, às 21 horas. Vê se amanhã (hoje mais tarde, aliás), você existe. Sua peste.
Retomando, me perdi, falei do Soterópolis porque, no programa da semana passada, teve uma matéria especial sobre o assunto lá de cima: a cara de Salvador muda durante o verão? Um tantão de gente deu sua resposta, artistas de várias áreas, um monte de lindas imagens de cobertura, aquela climão bom que dá para sentir só de olhar... Foi a matéria mais legal do dia, em minha opinião.
Não sou praieira, não gosto de sol, quase não saio de dia, reclamo sempre e loucamente do calor, mas o verão, mesmo assim, também me transforma. É difícil ficar um dia inteiro em casa, é difícil resistir às tentações, às festas que não acabam, ao sangue quente, às latas de cerveja. Fica tudo mais à flor da pele, será? Tem explicação esta coisa? Digo, uma explicação natural, biológica, climática? Tem cabimento aquela história de que as pessoas dos países equatoriais e ensolarados são mais felizes e safadinhas? Já ouvi tanto isso, mas não lembro de ter visto a informação em alguma fonte realmente confiável. Mas, enfim, especulações à parte, visto que não pretendo correr atrás de referências bibliográficas para esta minha inútil reflexão, vamos curtir esta porra que ainda temos três semanas de verão pela frente! Iuhúúú!
28 de fevereiro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentário(s):
Postar um comentário