Eu fico aqui com o cheiro de ontem, o cheiro da fumaça e do suor, da sujeira no chão, do carro descuidado. Das músicas que cantei, do tom de voz descontrolado, dos risos sem-vergonha, de toda falta de vergonha, melhor dizendo. E os copos, as pedras de gelo, as conversas forçadas e as tentativas de me afastar de uns chatos. Ainda do meu disfarçado modo de procura, a procura mal sucedida e eu olhando de canto. Do teatro, do balde azul, da moça que acho bonita, dos degraus, da maquiagem, do desfile cuja repercussão desconheço. Máquina fotográfica, falação, sanduíche, fome, fome, fome e só como porcaria. Recapitulo em busca de decifrar os pedaços deste cheiro de hoje, os discursos, a curiosidade, os risos, o telefone, o amanhecer, o "boa noite".
E eu dormi na cama mais gostosa do mundo.
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ai, puxa vida!
ResponderExcluirdaquelas noites inesquecíveis!
aiai
ResponderExcluirrs
Você parece ser uma mulher interessante, não obstante a aparência leviana.
ResponderExcluirEis um problema da internet: sermos julgados por pessoas desconhecidas de maneira corrompida. Isso a partir de algumas letras e fotos...
Ah... gostei da intermitência do seu texto.
Normalmente as mulheres são pretensiosas, além de dissimuladas. A primeira qualidade sempre fica omissa por causa da primeira. Não é seu caso.
ResponderExcluirSeu comentário foi assumidamente pretencioso, coisa curiosa. Isso lhe faz, como previ, uma mulher interessante.