25 de março de 2009

Escrevendo

Arturo escreveu comentário no post passado:
"Passou fevereiro e nada de você escrever aqui. E aí? Cadê tu?"

Pois é: eis que, pela primeira vez desde que foi criado, justamente num fevereiro, em 2007, este blog viu um mês passar em branco, sem nada escrito, nem mesmo uma enrolação qualquer com objetivo único de evitar que isto tivesse acontecido – artimanha besta que foi frequente aqui nos últimos tempos.

Ser blogueira dá trabalho e demanda tempo que, como eu já citei incontáveis vezes, tenho preferido (ou sido obrigada a) gastar com outras coisas. Engraçado que escrever, ainda que seja uma das coisas que mais gosto na vida, não me é, nem nunca foi, uma compulsão frenética, pelo menos se é para sair algo minimamente legal. Eu não sei inventar assunto nem criar história; eu só consigo falar de coisas táteis. Fazer o quê.

Trabalho também dá a assimilação da nova ortografia, já que neste instante, enquanto escrevo, o corretor do Word berra pelo trema que o frequente lá de cima (e daqui também, agora) costumava ter. Eu adoro trema, minha gente, fico tentada a ceder. Também adoro os acentos roubados dos ditongos ei e oi de palavras paroxítonas como ideia e jiboia. Não me acostumei ainda com as "estreias da semana" publicadas pela imprensa.

Alguém sabe uma maneira de adaptar este programa às novas regras? Fico adicionando palavra por palavra ao dicionário, imagino que haja maneira mais eficiente de evitar a autocorreção.

No mais, ter que reaprender a escrever algumas coisas e estudar este acordo vai acabar, espero, sendo divertido.

Descobri um livrinho ótimo: comprei pra mim e dei também de presente para a sogritcha, minha colega deste mundo da formalidade da língua.








Voltarei em breve para falar mal de Quem Quer Ser Um Milionário? Foi para isso, aliás, que eu dei as caras, mas me perdi no "oi" e fiquei com sono. Filme ruim não é novidade; novidade é filme ruim ovacionado deste jeito.